Agricultura de precisão agrega valor a cultivos grandes e pequenos
nov 8, 2016

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Toda a cadeia de produção de alimentos tem um papel importante na sociedade, no meio ambiente, na economia, e outros campos. Uma perspectiva adotada no setor é a da agricultura de precisão, assunto da entrevista do pesquisador e professor Paulo Graziano, Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) à repórter Patricia Santos no dia 18 de outubro.

De acordo com o professor, a agricultura de precisão envolve técnicas e tecnologias que são utilizadas para entender como as características que interferem na produção mudam de um ponto a outro do terreno: acidez, níveis de nutrientes, densidade, etc.

Esse monitoramento é feito em áreas menores que na produção tradicional, algo entre 1 a 5 hectares. Em vez de se trabalhar com uma média no modelo convencional, verifica-se como os valores variam ao longo da área de plantio.

A partir disso, a aplicação de fertilizantes, por exemplo, pode ser feita em níveis específicos: mais fertilizante onde há menos nutrientes no solo e menos onde há mais.

“Isso evita o desperdício e a contaminação do ambiente. Princípio semelhante é utilizado para a aplicação de agrotóxicos, verificando como a presença e a intensidade de pragas varia em cada ponto da cultura”, afirma Graziano.

A agricultura de precisão é mais aplicada em grandes culturas como milho e soja, mas produções menores com alto valor agregado, como o cultivo de uva para vinhos também podem se beneficiar.

Essa prática começa antes do plantio e segue mesmo após a colheita, como explica o professor na entrevista que você pode ouvir na íntegra clicando no player acima.

Oxigênio na SNCT

Esta entrevista foi realizada como parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2016) por meio do projeto “1, 2, Feijão com Arroz, 3, 4, Ciência no Rádio”. Foi uma realização do programa Oxigênio web rádio e podcast por meio do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp em parceria com a Web Rádio Unicamp. O projeto contou também com Helena Gomes na produção da vinheta, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA) da universidade na produção de pautas e conteúdos, e financiamento via Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Governo Federal.

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