#168 – Depois que o fogo apaga 
jun 30, 2023

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Neste episódio do Oxigênio e no próximo, vamos tratar dos incêndios no Laboratório do Instituto de Biociências da Unesp, campus de Rio Claro, no Museu Nacional, no Rio de Janeiro e no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista. Por meio das conversas com pessoas que atuam nesses espaços de divulgação científica, buscamos conhecer o que aconteceu, e compreender as diferentes fases dos processos de recuperação. As entrevistas, roteiro e apresentação foram feitos pela Mayra Trinca, bióloga e mestranda em Divulgação Científica e Cultural e a edição é de Yama Chiodi, doutorando no Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências, da Unicamp e bolsista Mídia Ciência da FAPESP.

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Roteiro

MAYRA: Oi! Eu sou a Mayra Trinca, talvez você já me conheça de outros episódios aqui do Oxigênio. Eu faço mestrado no programa de Divulgação Científica e Cultural aqui do Labjor, mas, antes disso, eu fiz biologia na Unesp, em Rio Claro. 

MAYRA: No curso de biologia a gente tem, ou pelo menos deveria ter, muitas aulas práticas, pra gente realmente ter contato com aquilo que está estudando, seja planta, bicho, célula e por aí vai. Pra isso, as universidades precisam manter uma série de coleções biológicas, com esses seres preservados pros estudos. Lá em Rio Claro, a coleção dos animais ficava no prédio central, mais especificamente, no laboratório 19. 

EMYGDIO: O prédio que sofreu com incêndio, é conhecido como prédio central do IB. Esse prédio, ele era um prédio, ele era não, ele é um prédio, porque ele ainda tá aqui. Ele é um prédio de dois andares, né, no andar térreo ficavam concentrados salas de aula utilizados principalmente pelos cursos de graduação do Instituto de de biociências, né? E no andar superior é ainda existia a estrutura do departamento de biologia geral e aplicada, é, e uma parte ainda do antigo departamento de Zoologia do qual eu faço parte, agora departamento de biodiversidade, né? Então nesse segundo andar, é, existiam alguns laboratórios de docentes, né e gabinetes de docentes; no piso inferior como eu falei eram as salas de aula e alguns laboratórios de apoio pras aulas práticas. 

MAYRA: No dia primeiro de setembro de 2022, esses laboratórios pegaram fogo.

EMYGDIO: Foi um dia normal de trabalho, né? A gente não teve nenhuma rregularidade. Aconteceu numa quarta-feira, do meio pro final da tarde entre dez pras quatro, quatro horas. 

MAYRA: O incêndio, que começou durante a tarde, se alastrou pelo andar de cima elevando chamas e uma cortina de fumaça assustadora. Com sorte, ninguém ficou ferido, o prédio foi rapidamente evacuado e o corpo de bombeiros acionado. O fogo só foi completamente apagado por volta das dez da noite. 

EMYGDIO: Eu saí com tudo certo, a hora que eu voltei o laboratório já estava completamente eh tomado por chamas, não não tinha mais o que se fazer. Da parte onde havia a coleção não sobrou absolutamente nada, sobrou as paredes, só. Tudo que existia lá dentro, simplesmente foi carbonizado.

[PAUSA] 

MAYRA: A coleção de zoologia pegou fogo em setembro, às vésperas do aniversário de outro desastre semelhante. Quatro anos antes, no dia dois de setembro de 2018, o Museu Nacional no Rio de Janeiro estava em chamas. E antes dele, em 2015, foi o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que também queimou

Neste episódio do Oxigênio e no próximo, vamos tratar dos incêndios no Museu da Unesp, no Museu Nacional e no Museu da Língua Portuguesa, por meio das conversas com pessoas envolvidas nas diferentes fases dos processos de recuperação desses espaços de divulgação científica. 

[VINHETA]

MAYRA: Você provavelmente viu esses incêndios nos jornais. Eles não foram os únicos, talvez você até se lembre de outros casos, mas esses dois ganharam manchetes por serem museus grandes e conhecidos. Infelizmente, esses ambientes são muito vulneráveis ao fogo, seja pelas características próprias dos materiais que ficam ali, seja pelo descaso com  que esses ambientes são tratados. 

Quando eu fiquei sabendo do incêndio na Unesp, minha primeira reação foi lembrar desses outros casos. Me bateu uma tristeza enorme de pensar em tudo que se perdeu. Mas aí, o segundo pensamento foi: e agora? O que acontece depois que o fogo apaga? 

 EMYGDIO: Meu nome é Emygdio de Paula Neto, eu sou técnico aqui do departamento de biodiversidade da UNESP de Rio Claro. 

MAYRA: Eu conheci o Emygdio durante a graduação, no tal laboratório 19. Ele é a pessoa responsável por ajudar os professores a organizar as aulas práticas de zoologia, que é  o estudo dos animais. É o Emygdio que organiza os materiais e mantém o laboratório funcionando. Nesse laboratório existia um acervo zoológico considerável, tanto pela quantidade quanto pela diversidade de grupos zoológicos e de materiais relacionados a esses grupos de animais.

EMYGDIO: Foi uma perda assim irreparável, porque é um acervo que se iniciou aqui em Rio Claro com a faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, eh que depois veio a se transformar em Unesp. Então a gente tá falando aí de mais de 50 anos de acumulação de material por diferentes docentes que aqui passaram. 

EMYGDIO: E o que eram esses acervos? Como a gente tinha um acervo de Zoologia, então a gente tinha de tudo um pouco lá, materiais de diversos grupos zoológicos, então desde protozoários até os vertebrados mais derivados aí, mamífero, coisa desse tipo. Englobava o que? A gente tinha material em laminário, material fixado em via líquida, material taxidermizado, é, a gente tinha pranchas com desenho da época que ainda se usava desenho pras aulas. A gente tinha material em via a seca, né? Que era parte de coleção osteológica, né? Então a gente tinha crânio, tinha esqueleto completo. 

MAYRA: Esses materiais eram usados nas aulas práticas de cursos de graduação, como Biologia, Ecologia e Engenharia Ambiental, e também em aulas e pesquisas de pós-graduação do departamento. 

No dia do incêndio, estava acontecendo uma aula pra turma de Biologia. Mais ou menos no meio da tarde, o pessoal parou pra fazer um intervalo e tomar um café.

EMYGDIO: Foram procurar o pessoal na cantina e falar: “olha é vocês que estão tendo aula lá, eu acho melhor vocês voltar porque tá saindo fumaça ali dentro do laboratório”. 

MAYRA: No tempo de voltarem ao prédio, a sala já estava inundada pelas chamas. O resto do prédio foi rapidamente evacuado e não houve nenhum ferido. 

EMYGDIO: E foi tudo assim muito rápido, muito rápido mesmo. A quantidade de material inflamável que tinha na nossa coleção era muito grande, a área era muito extensa. Então ali houve uma dificuldade muito grande para para se controlar o incêndio.

MAYRA: O corpo de bombeiros foi acionado, mas o fogo só foi completamente contido à noite, por volta das dez. 

EMYGDIO: Onde pegou fogo a destruição foi total, né? Não teve como é salvar nada, só umas poucas partes de alvenaria permaneceram, né? Do ponto de vista interno, por exemplo, mobiliário, equipamento, acervo. Isso aí é destruição foi quase por completo, não vou falar que foi completa porque uma outra coisa ainda conseguiram é salvar né, mas mais de 90% do que tinha nos espaços que pegou fogo foi completamente perdido. 

MAYRA: Como não houve nenhuma vítima, é muito natural a gente pensar de cara na perda de todo o material que tava guardado ali. Eu lembro que uma das primeiras coisas que me veio na cabeça foi uma coleção de conchas, centenas delas, de vários lugares do mundo. Algumas de espécies que nem se encontram mais. Mas a gente vai falar sobre isso mais tarde. 

Tem um outro lado desses eventos, que é bem pouco falado. A gente tende a associar museus, acervos e coleções com os objetos dentro deles. E acaba esquecendo que esses também são ambientes de trabalho, que tem pessoas que trabalham e convivem naquele espaço todos os dias. 

MAYRA: Esse bastidor dos museus e acervos é algo pouco divulgado. Além das peças que ficam em exposição, que a gente vê quando visita um museu, tem sempre várias outras peças escondidas. Muitas vezes porque elas estão sendo usadas pra alguma pesquisa. Por exemplo, na Unesp

EMYGDIO: Naquele momento a gente tava com um total de seis alunos de graduação, que estavam desenvolvendo diferentes projetos que se utilizavam dos elementos da nossa coleção, principalmente pra atividades de extensão. 

MAYRA: No andar de cima do laboratório que o Emygdio trabalhava ficava um outro laboratório, que desenvolvia principalmente pesquisa com genética. Lá, tinha vários materiais produzidos por estudantes de pós-graduação, como resultado de mestrados e doutorados. Tudo isso foi perdido também. 

EMYGDIO: Poucas pessoas sabem que a minha vida universitária aqui na UNESP de Rio Claro começou no departamento de biologia exatamente no laboratório do andar de cima que também pegou fogo e eu fiz a minha pós-graduação lá também.  Então, num evento só eu perdi todo o meu histórico de graduação, de pós-graduação e da minha vida como funcionário até aquele momento, né? Eu perdi todo o meu registro, desde que eu era aluno  em um único evento. 

MAYRA: Outros funcionários, docentes e mesmo estudantes que estavam trabalhando ali dia após dia. Pesquisadores que como o Emygdio fizeram ali sua graduação e toda a pós-graduação e de repente não podem mais desenvolver suas pesquisas ali… 

EMYGDIO: E a parte de vista psicológica e emocional é terrível, né, Mayra, porque você tava trabalhando num dia, no outro dia simplesmente não existe nada lá para você trabalhar mais, né? Então pensar que um espaço que foi um espaço de vivência de construção, de acolhimento, né? Quantos docentes não passaram lá, quantas atividades não foram desenvolvidas e simplesmente você perdeu, não só espaço como qualquer possibilidade de se fazer alguma atividade futura nesse sentido. Então foi assim, uma coisa terrível. 

EMYGDIO: Imagina um docente que tem 30 anos de atividade dentro do laboratório, os dados que estão ali acumulados, os equipamentos que ele acumulou aí em 30 anos de pesquisa e todas as linhas de fomento que ele tinha né? Seja graduação, seja pós-graduação, sejam outros tipos de parceria isso aí, o sujeito ele perdeu literalmente da noite para o dia né? Um dia ele vinha trabalhar no outro dia o laboratório dele simplesmente não existia.

MAYRA: O Emygdio me contou  como tem sido difícil, pra ele e pra outras pessoas que trabalhavam nesses laboratórios, retomar o ritmo de trabalho. Os dias seguintes do incêndio foram muito desgastantes pra todos, que tiveram que voltar pro prédio na busca de itens que pudessem ter sobrevivido ao fogo. 

EMYGDIO: É um drama que quase diariamente a gente revive toda vez que tem que botar o pé lá é uma pontadinha de ânimo que vai embora.

MAYRA: Eu fico tentando imaginar a sensação de entrar nesse espaço depois do incêndio. Eu passei por lá, queria ver de perto o lugar onde eu criei tantas memórias legais, procurar pelo crânio de golfinho que eu tirei foto, pelo pepino do mar que virou história entre amigos, os desenhos que eu tive que copiar, mas é claro que nada disso existe mais. A área estava interditada e só pude ver por fora. Ainda assim, já foi uma sensação super melancólica porque o ambiente fica escuro, as paredes queimadas e o teto preto de fuligem. 

EMYGDIO: Para onde você olhava era preto, fuligem para tudo quanto é lado, cinza e escombro espalhado pro chão, para onde você andava para onde você pisava, vidro misturado com água misturado com resto de coisas semi carbonizadas, o cheiro fortíssimo de coisa queimada. Foi muito impactante ver e ter que lidar com isso. 

MAYRA: Depois de conversar com o Emygdio sobre o incêndio de Rio Claro, eu falei com a Thamara, que é professora no Museu Nacional do Rio Janeiro. Aquele mesmo que também pegou fogo, em 2018, que eu comentei no começo do episódio. 

THAMARA: Eu me chamo Thamara Zacca, atualmente eu sou professora do departamento de entomologia do Museu Nacional, na minha linha de pesquisa eu trabalho com borboletas e mariposas, que são os insetos da ordem Lepidoptera, então eu sou coordenadora do laboratório de pesquisas em Lepidoptera. 

MAYRA: Na nossa conversa, esse aspecto mais emocional que envolve lidar com esses incêndios também foi uma coisa que apareceu bastante. E na verdade, isso acabou me chamando muita atenção, porque, antes de eu começar a conversar com as pessoas pra esse episódio, esse não era um tema tão evidente pra mim. 

Tá, mas antes de seguir nesse tópico, deixa eu apresentar melhor a Thamara. 

THAMARA: Eu sou bióloga formada pela Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, aí eu fui para a Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, fazer mestrado e doutorado, mas o Museu Nacional sempre é referência para quem trabalha com taxonomia que a minha área primária de formação, né?  

MAYRA: Taxonomia é a área da biologia que estuda como os seres vivos são aparentados, e como a gente pode organizá-los em grupos a partir de características físicas e genéticas. 

THAMARA: Desde o meu mestrado eu visitava a coleção de borboletas e mariposas do Museu Nacional que é uma era uma das maiores coleções da América Latina, né? Tinha cerca de 186 mil exemplares, que foram coletados aí na década de 20, de 30 em locais, que hoje nem existem mais, né? Antes eram florestas e depois foram convertidas. Então tem esse valor super importante do temporal.

E era meu sonho poder continuar e atuar nessa área. Então eu tentei direcionar a minha carreira nesse sentido e quando eu pensava em locais de trabalho no Brasil que fossem mais próximos desse meu ideal desse meu sonho o Museu Nacional sem dúvidas, ele tava nesse lugar, né?

MAYRA: Aí, quando ela já tava no pós-doutorado, que a Thamara fez aqui na Unicamp, por sinal, abriu o concurso pro Museu Nacional. Isso foi no começo de 2018, por volta de abril ou maio. 

THAMARA: Apareceu esse concurso que é na área de entomologia. Eu prestei, na verdade foi o meu primeiro concurso, é! E aí na ocasião eu fiquei em segundo lugar nesse concurso e como só tinha uma vaga então não tinha passado, né? 

Então veio o incêndio em setembro e com incêndio, do ponto de vista pessoal. Eu vi ali meu sonho pegando fogo também, né? Então era desesperador pela pesquisa, mas também esse sonho meu de estar no Museu Nacional, ele tinha ido embora naquelas chamas assim.

MAYRA: Eu não cheguei a conhecer o Museu Nacional, e lembro que quando chegaram as notícias do incêndio eu pensei que eu nunca iria conhecer esse espaço tão importante pra ciência do Brasil. Em todos os materiais que foram perdidos e as histórias que eles contavam. 

THAMARA: Mas tem a parte que eu acho que mais interessante ainda que é por trás dos bastidores. Né, então o Museu Nacional,é um museu que também forma pesquisadores. Temos pós-graduações de várias áreas. Então tem todo uma parte de ensino também sendo realizada no museu. A gente direciona muito o olhar naquela exposição aberta ao público ou o impacto só na pesquisa, mas também teve um impacto na formação dos profissionais, dos estudantes que estavam ali no processo de formação.

MAYRA: Esse impacto do incêndio, a perda de projetos de pesquisa e como isso interrompe de forma muito brusca anos de trabalho, de quem estudava ou trabalhava no museu, eu não vi aparecer nas reportagens que li na época em que aconteceram esses dois episódios. A gente associa tanto os museus como um lugar de objetos inertes e de história do passado, que esquece da relevância deles pras pessoas no presente. É difícil mensurar como isso afeta, profissional e emocionalmente as pessoas que atuam nesses espaços. 

THAMARA: Eu vejo muito isso nos outros docentes que já trabalhavam lá, alguns com mais de 30 anos trabalhando no departamento desenvolvendo suas pesquisas. Falo isso pelos técnicos, pelos estudantes, que já estavam lá. No meu caso, eu cheguei depois, e eu sei o quanto dói em mim o caso deles. São exemplos de resiliência, né? Então eu olho para eles e eles me dão uma esperança assim que por mais que tudo deu errado, essa capacidade do ser humano de se reinventar, eu acho isso algo muito bonito e isso me inspira.

MAYRA: A Thamara e o Emygdio ficaram muito emocionados em falar sobre os incêndios comigo, porque lidar com esses eventos é um processo contínuo. Não é algo que acaba depois que apagam o fogo, existe uma série de etapas que acontecem depois, já que esses espaços precisam ser reconstruídos. 

Só que pra reconstruir, é preciso visitar toda a história de novo, procurar o que sobrou, coletar ou buscar novos materiais, reorganizar o espaço, tentando trazer mais segurança pra que isso não aconteça novamente. A reconstrução em si pode ser um processo bem desgastante, sob vários pontos de vista. 

THAMARA: E aí tem essa questão da reconstrução, que até um termo que eu particularmente fico um pouco incomodada, porque reconstruir parece que você vai partir desse ponto de salvar algo e continuar e eu já tenho uma leitura um pouco diferente, porque como o material foi todo destruído, tem um novo começo então eu vejo como um novo começo, uma nova coleção. Porque é um tanto doloroso falar sobre isso. Já tem certo tempo, mas toda vez que eu tenho que falar sobre o Museu Nacional e o incêndio, é que são muitas memórias associadas né pessoais e de trabalho, então fico um tanto emotiva com relação a isso e eu percebi logo no início que se eu ficasse pensando em reconstruir eu ficaria triste porque eu falei nossa, eu nunca que vou atingir os 186 mil exemplares que existiam nessa coleção, que foi construída aí por tantas gerações que passaram. Então nunca vou chegar nisso, é frustrante, e eu tento sempre olhar para um lado um pouco mais otimista. Então acho que isso me ajudou a ver como uma nova coleção, eu vou começar do zero e eu vou tentar ter a melhor coleção melhor material que possa servir de estudo. 

MAYRA: No próximo episódio, a gente parte desse ponto: como é o processo por trás de criar uma nova coleção? Dá pra dizer que é reconstrução ou serão novos museus e novos acervos? 

Pra continuar essa conversa, eu vou falar  com a Marília Bonas, sobre a reconstrução de outro museu que também pegou fogo, o Museu da Língua Portuguesa. 

MARÍLIA: Mas no caso do museu, a gente trabalha essencialmente com esse patrimônio em suportes digitais então havia backup de todos esses materiais. Então tudo isso claro foi uma das coisas que ajudou, né, na reconstrução do museu. O que é bem diferente de outros museus em que você não reconstrói o acervo, né? Então no Museu da Língua a gente conseguiu nesse processo aí uma reconstrução mesmo. 

MAYRA: Mas essa conversa, você escuta no próximo episódio. 

Esse episódio foi roteirizado e apresentado por mim, Mayra Trinca. A revisão é da Simone Pallone, coordenadora do Oxigênio. Os trabalhos técnicos são de Yama Chiodi. O Oxigênio também é apoiado pela Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. A trilha sonora é do Freesound. 

Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Te espero no próximo episódio. 

E se você ainda não conhece o Mundaréu, um podcast sobre Antropologia produzido em parceria entre o Labjor, aqui da Unicamp, e o Departamento de Antropologia da UnB, fica a dica pra você conhecer. No último episódio “Fome de pesquisador” elas falaram sobre como a epidemia de Zika influenciou na publicação de artigos sobre o tema. O episódio faz parte de uma temporada inteira sobre as relações entre a Zika, as pessoas que sofreram com ela e as pessoas que fizeram pesquisa nesse período. Quando terminar esse episódio aqui, procura por Mundaréu lá na sua plataforma preferida.

 

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