#59 Oxilab: Canções Escravas
set 25, 2018

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Antes mesmo da invenção do disco e do rádio, a indústria musical já prosperava com a venda de partituras para pianos. No final do século XIX, a sociedade abastada do Rio de Janeiro mostrava seu enriquecimento comprando pianos e um de seus maiores passatempos eram os bailes e os saraus feitos em casa. Foi a partir da comercialização das partituras de música que os ritmos afro-brasileiros começaram a ganhar popularidade nos teatros de revista, nos clubes dançantes e nas salas de estar das elites brancas. Mesmo tendo que lutar contra o preconceito, a música negra ajudou a criar todo um mercado e deu visibilidade aos descendentes de africanos.

Nesta edição do Oxigênio conversamos com a historiadora Martha Abreu, professora titular do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), sobre à efervescente cena cultural que deu origem ao samba e que moldou a cultura brasileira como conhecemos. A pesquisadora é autora do livro “Da senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas”. Publicado pela Editora da Unicamp, o e-book faz parte da coleção Históri@ Illustrada e resgata a música negra nas Américas após a Abolição.

O programa é produzido e apresentado por Leonardo Fernandes e conta com a colaboração de Sophia La Banca de Oliveira e Sarah Azoubel Lima, além da coordenação geral da professora Simone Pallone de Figueiredo do Labjor. Os trabalhos técnicos foram feitos por Octávio Augusto, da Rádio Unicamp.

Deixe um comentário contando para a gente o que achou do episódio. Você pode mandar sugestões também pelo Twitter (@oxigenio_news), Instagram (@oxigeniopodcast) e Facebook (/oxigenionoticias). Se preferir, mande um e-mail para oxigenionoticias@gmail.com. Se quiser saber mais sobre o assunto, você pode adquirir o

e-book “Da senzala ao palco” no site da Editora da Unicamp: www.editoraunicamp.com.br.

Créditos de trilha sonora:

“Canoa Virada” de Eduardo das Neves, 1907-1912. Domínio público.

“Jongo de pretos”, de Freire Jr., por Eduardo das Neves e Coro, 1912-1915. Domínio público.

“Gargalhada” (“Pega na chaleira”), por Eduardo das Neves, 1907-1912. Domínio público.

“Dor de cabeça”, por Fernando de Albuquerque; Jazz-Band Sul Americano

Romeu Silva, 1925. Domínio público.

“Imitação de um batuque africano”, por Cesar Nunes, 1908-1912. Domínio público.

“Nêgo Bamba”, interpretado por Otília Amorim, em gravação de 1930. Domínio público.

“Odeon”, de Ernesto Nazareth, 1910. Domínio público.

“Cakewalk”, de Artur Camilo, 1904-1908. Domínio público.

“The Cake-Walk in the Sky”, de Ben Harney, 1899. Repertório ragtime de Dorian Henry. Domínio público.

Imagem:  Imagem d’Os Oito Batutas. In: Hermano Viana. O mistério do samba. Rio de Janeiro, Jorge Zahar /Editora da UFRJ, 1995.

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